segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Estudo Dirigido "A organização dos conteúdos e as metodologias de trabalho"

Estudo Dirigido

“A organização dos conteúdos e as
Metodologias de trabalho”

1-Defina com suas palavras o que são temas geradores?
São temas levantados por pais, alunos, professores, gestores, que geram uma pesquisa ou uma discussão.

2-Descreva os dois temas apresentados na seleção dos temas geradores.
a - Temas cíclicos, originam-se de festas, eventos ou comemorações periodicamente celebradas.Como por exemplo:Carnaval(fevereiro/março), Páscoa e Índio(abril)...
b- Temas gerados pelas crianças, suas famílias, professores e outros profissionais da escola, permitindo a participação ativa de pais e crianças, das situações do dia-a-dia das crianças e de suas relações umas com as outras(nos jogos e brincadeiras, conversas e trabalhos coletivos), de suas relações e com o mundo social(suas famílias, vizinhos, amigos), e com todo o mundo físico(animais,chuva,vento, etc...)


3-Explique cada uma das diretrizes a serem adotadas no desenvolvimento dos temas geradores.
1- Permitir sempre a manifestação da curiosidade infantil, conciliando os interesses individuais de certas crianças com o tema explorado. No trabalho com temas geradores, percebe-se que um assunto considerado como de interesse para algumas crianças nem sempre estimula a participação das outras (pela própria diversidade de interesses manifestada na turma). Tentando atender aos variados níveis de interesse da turma, os temas passam a gerar atividades bem diferentes umas das outras, de modo a ampliar o universo de conhecimento das crianças. Por exemplo, quando o tema escolhido é “animal”, pode-se incluir nas atividades:
· Animais que temos em casa
· Animais de que mais gostamos
· Animais do Brasil ou de outros países, etc.
· Animais da escola
· Profissionais que lidam com animais

Procura-se dessa forma, variar os subtemas tratados.
Um critério que se mostra importante no desenvolvimento do tema é portanto, o de se conseguir levar em consideração os interesses emergenciais de uma ou mais crianças.
Permitir, então, a demonstração por parte das crianças de seus interesses, mesmo que desvinculados do tema, aproveitando situações inesperadas e não planejadas, é uma “camisa-de-força”.
2- Quebrar preconceitos, evitando a imposição de modelos abstratos.
É necessário garantir que as crianças compreendam a heterogeneidade que caracteriza nossa sociedade. Assim, no caso do tema “trabalho”, por exemplo, é crucial explorar a valorizar tanto atividades manuais quanto as intelectuais; No caso do tema “folclore”, é preciso ultrapassar o enfoque em que se prioriza o exótico, permitindo que as crianças percebam a dimensão social e cultural de determinados costumes ou valores, sem ridicularizá-los.
Do mesmo modo, ao desenvolver o tema “pai”, “mãe” ou “família”, é imprescindível levar em conta as situações freqüentes de pais separados, ou ausência, morte ou desconhecimento do pai ou da mãe, evitando idealizar determinadas situações familiares em detrimento de outras.

3- Imprimir aos temas uma visão flexível e ampla, e ao mesmo temo contextualizada. Esse cuidado é importante porque dele dependem o dinamismo do currículo e a compreensão das crianças quanto ao movimento e às transformações que caracterizam o mundo físico e social.
Assim, por exemplo, ao desenvolver o tema “índio” é necessário situá-lo no Brasil, hoje, explorando a história, fatos concretos, costumes e problemas reais, inserindo-o, ainda, no tema mais geral das etnias e de sua diversidade cultural.
4- Garantira criticidade e a criatividade no tratamento dos temas. Temas cíclicos aparecem, em geral, relacionadas a certos rituais que podem se aproveitados, mas precisam ser superados a fim de evitar a cristalização de dogmas ou de valores acríticos. Nesse sentido, ao desenvolver o tema ”pátria”, por exemplo, é necessário não romantizar ou idealizar a figura do soldado, da policia, ou das armas, mas explorar vivamente, ao contrário, a questão dos direitos e deveres, ou seja, da cidadania (este cuidado está intimamente ligado ao segundo, que diz respeito à não imposição de modelos abstratos a fim de evitar ou quebrar preconceitos).
5- Favorecer o acesso das crianças aos conhecimentos científicos em jogo no diferentes temas. Esse ponto é importante ara que a exploração do tema não fique limitada à experiência direta e ao senso comum. Por explicativas que as crianças dão, nas diferentes etapas do seu desenvolvimento aos fenômenos e relações do mundo físico e social, de maneira que cada criança tenha a possibilidade real de (re)construir os conhecimentos e de compreende-los.
Trata-se aqui, então, de dosar/equilibrar/conciliar o desenvolvimento e o incentivo á descoberta com a intervenção e o fornecimento de informações.

6- Variar a duração dos temas de acordo com a sua amplitude e com o interesse da turma. Os temas podem durar uma, duas ou mais semanas, dependendo de sua abrangência, da própria situação que lhes dá origem e, principalmente, do envolvimento e interesse manifestado pelas crianças.
Assim, o tema “escola”, por exemplo, escolhido em geral no início do ano letivo por ser uma situação nova vivida coletivamente, pode ser desenvolvido por mais tempo, se as crianças são novas, se é sua primeira experiência escolar ou, mesmo, se há novidades e mudanças em relação ao ano anterior a serem exploradas. Por outro lado, um tema pode se desdobrar em subtemas, como é o caso de “trabalho” (escolar, familiar e da empresa) o exigirá uma duração maior.
7-Articular as diferentes áreas do conhecimento em função e no interior do tema. O tema é fio condutor e, dessa forma, ele move e, ao mesmo tempo, organiza as atividades e os conhecimentos. Dessa forma, o planejamento curricular precisa dar conta desse dinamismo, favorecendo a ampliação daquilo que as crianças já conhecem em relação a comunicação e expressão, a matemática, às ciências naturais e às sociais, sem fragmentar esses conhecimentos mas, inversamente, integrando-os.
Assim, ao se desenvolver cada tema, é preciso prever quais conhecimentos possivelmente estarão em jogo e, mais do que isso, como as crianças poderão reconstituí-los nas diferentes atividades. Como conseqüências, em cada atividade esses conhecimentos vão sendo trabalhadas de forma significativa.
Para subsidiar o trabalho com temas geradores é necessário, pois, definir que conhecimentos são esses, e como se articulam em torno dos temas.

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